Bruna Bauer

Bruna Bauer

Bruna Bauer é jornalista, editora e escritora. Há alguns anos, se encantou pelo universo das plantas aromáticas e medicinais e, desde então, se dedica a estudar, desvendar e compartilhar informações sobre os mistérios de ervas, flores e o que as cerca. Hoje, através de seu #apotecário, oferece uma curadoria sensorial de itens como velas, defumadores, sabonetes, incensos e outras medicinas e encantos mais. Com as plantas, aprende, diariamente, sobre o tempo, os ciclos e a potência da natureza. Em suas horas dedicadas ao jardim, trava diálogos com as flores sobre tudo o que há no mundo - boa parte deles documentada nos textos do Oráculo Caminho das Flores de sua autoria. Por aqui, Bruna pretende dividir seu olhar, experiências e reflexões sobre o que o homem não inventou, além de te incentivar a cuidar de seus jardins - o interno e o externo -, levantando a bandeira de que podemos, todos, mesmo que em pequenos espaços, investir no que ela chama de #paisagismosensorial ou #paisagismomedicinal. Saiba mais sobre a Bruna em seu perfil no Instagram: @bruna_bauer

Jardim encantado: do manejo ao escalda pés com pitanga, malva, eucalipto e boldo

No último final de semana, duas amigas vieram passar um tempo comigo no jardim. A ideia era pegarmos sol, conversarmos, nos alimentarmos bem e cuidarmos, juntas, de parte do manejo do meu jardim de forma lúdica, leve e eficiente. Iniciamos nosso trabalho pela poda de manjericões grandes e sofridos, além da poda de malvas, arrudas, pitangas e eucaliptos argentinos. Sol a pino, vento frio, podões e luvinhas de pano à mão. Parte das podas, transformamos em gravetos para acender a lareira. Foram gravetos de manjericão. Você já queimou essa planta alguma vez na vida? Ainda não? Pois devia – é que o perfume da fumaça é dos mais gostosos.  Com a poda da malva, fizemos uma lavourinha de mudas. A expectativa é de que pelo menos 30% delas vinguem – a ver. Com a pequena poda da arruda, fizemos o mesmo. Quando fomos recolher o “lixo verde” gerado pelas podas, senti de oferecer um ritual de relaxamento e agradecimento às amigas que me deram essa supermão no manejo das plantas. Dispus três bacias perto do sofá e, nelas, coloquei punhados fartos de folhas de pitangueira, malva e de eucalipto argentino – folhas retiradas dos galhos podados, transformando o “lixo verde” em algo útil. Me ocorreu, na hora, de colher e acrescentar flores de boldinho tapete de oxalá para incrementar. E deu muito certo.  Fervemos a água e fomos despejando aos poucos nas bacias. O vapor tomou conta de toda a sala e de nossos pulmões também. Relaxamos as três juntas, curtimos muito nosso momento de autocuidado, de merecimento e de conexão com a potência das plantas. Enxugamos os pés e hidratamos com o Oleolito Vênus, do Coletivo Mangara – poção mágica e emoliente e calmante. Calçamos meias quentinhas na sequência.  Na segunda-feira, pela manhã, ainda sentindo os efeitos do ritual da noite anterior, tratei de ir em busca de informações sobre as plantas utilizadas. Costumo chamar essas minhas pesquisas de “estudos livres”. Fui lendo, sentindo, resumindo propriedades e sensações, à mão, na minha agenda astrológica da Ana Leo que é uma fiel escudeira por aqui. Sou muito terra, mas adoro olhar para o céu e decifrar mensagens das estrelas e do destino de cada um de nós – mas isso é assunto para outro post. A verdade é que, ao final dos meus manuscritos, percebi que o ritual que fizemos no dia anterior de forma 100% intuitiva e desapegada de significados físicos e sutis variados, parecia ter sido prescrito sob medida para nós três.  Abaixo, minhas anotações sobre cada uma das plantas utilizadas no escalda pés: PITANGA Prosperidade e proteção. Boa para pele e cabelos. Antibacteriana. Equilibra energias de fogo e água. Promove limpeza emocional. MALVA Protetora da ira dos deuses. Afasta negatividade, estimula a felicidade, a intuição, o amor. Limpa carmas. Remédio para mau-olhado, calúnia e intrigas. Protege a família. Combate raiva e inveja. Fertilidade, saúde! EUCALIPTO ARGENTINO Ajuda a eliminar o cansaço e a equilibrar desejos. Estimula a retidão de caráter. Renova energias vitais, fortifica o espírito. É descongestionante. FLOR DE BOLDO/ TAPETE DE OXALÁ Descarrego, proteção. Paz e ajuda espiritual. Abre caminhos, reequilibra energias, alivia emoções negativas. Bloqueia o mal. O que eu acho mais interessante, além da parte lúdica e sensorial de tudo o que envolve o manejo, a poda e o preparo das bacias, é, no dia seguinte, ao me concentrar em breves estudos, entender que os efeitos alcançados eram justamente os mais necessários para mim naquele momento.  Claro que não se cuida da saúde emocional com uma única sessão de escalda pés. Mas que as plantas contribuem muitíssimo em rituais que envolvem manejo, vaporização e contato dos pés com a água quentíssima – não há como negar. Limpeza dos pés em si, da nossa base. Água que lavou também a mente, o coração, a alma e me ajudou a encontrar um ponto de equilíbrio das energias. Aconselho muito, a toda e qualquer pessoa, a incluir o ritual do escalda pés na vida – especialmente no inverno. A gente sente acolhimento e calor, inspira um vapor cheiroso, para por poucos instantes e relaxa. Aconselho também a fazer esse ritual tanto a sós como na companhia de amigas, de gente querida, do marido, da avó, da mãe. É um ritual gostoso demais de sentir, uma experiência, um programa saudável. Você tem o hábito de por seus pés de molho? Quer saber mais sobre escalda pés? Me conte. De repente, dependendo do que quiser saber, posso produzir um conteúdo especialmente para você. Vai lá me dar um oi no Instagram também: @bruna_bauer.

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A importância da natureza na vida das crianças e dos adultos também

Confesso que esta não seria a pauta do meu segundo post aqui no blog, mas… Anteontem, trocando uma ideia sobre medicina natural com uma prima que está se formando em medicina, fui apresentada a um pdf que ela tinha lido instantes antes do nosso encontro. Senti, então, de compartilhar alguns trechos desse documento por aqui. Ele fala sobre a importância de os pediatras e educadores recomendarem pelo menos uma hora de contato direto com a natureza a crianças e adolescentes.

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Introdução: a natureza – do ser, do sentir, do “dialogar” – e eu

A troca sadia e cotidiana que podemos travar com o meio ambiente. Tantas formas, tantas maneiras – especialmente – terapêuticas me encantam. A indústria farmacêutica tem grande responsabilidade na intoxicação de nossos corpos e mentes e terras. Tão importante quanto cientificamente é, há de se ter cuidado com as manobras de base e sustentação desse negócio.

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