Como Turismo, Cartografia, Análise Ambiental, Sustentabilidade e Educação compõe o meu universo particular.

Com alegria inauguro a escrita desta coluna. Fiquei na dúvida sobre qual assunto poderia trazer primeiro, decidi fazer um apanhado sobre alguns dos diversos temas que circundam meu universo, bem particular. Venho me definindo como especialista em alguns temas como Cartografia, Análise Ambiental e Turismo...
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Com alegria inauguro a escrita desta coluna. Fiquei na dúvida sobre qual assunto poderia trazer primeiro, decidi fazer um apanhado sobre alguns dos diversos temas que circundam meu universo, bem particular. Venho me definindo como especialista em alguns temas como Cartografia, Análise Ambiental e Turismo, mas também me qualifico como generalista por causa da minha formação abrangente em temas articulados entre si.


O Turismo inicia minha experiência acadêmica. O descortinar deste tema trouxe a dependência entre as disciplinas, pois, como você pode imaginar, um destino turístico só funciona se articular transporte, comunicação, hospedagem, serviços de alimentação, saúde, educação, infraestrutura, meio ambiente e principalmente envolvimento da população local. Tomei a decisão de fazer o curso de Bacharel em Turismo baseada na experiência que tive na Nova Zelândia, durante um ano, em um intercâmbio escolar na adolescência. Lá tive um dos mais importantes insights da minha vida, após me integrar ao estilo de vida local e assistir fenômenos da natureza, como por exemplo, uma chuva de estrelas cadentes (fenômeno conhecido como chuva de meteoros), aurora boreal, entre outros mais simples, mas não
menos impactantes. Eu entendi que “o meu modo de vida me afastava daquilo que me fazia sentir viva”.


Na verdade, eu fiz o curso de Turismo pensando em cachoeiras, serras e montanhas. Uma intenção expedicionária, exploratória. Idealização da vida, em pleno contato com a natureza, como aquela que tinha descoberto na Nova Zelândia. O Turismo me levou a trabalhar em Planos de Manejo em Unidades de Conservação, um trabalho que envolve diversos especialistas, e que reunidos, discutem olhares sobre uma área protegida com fins de conservação. O meu papel é fazer a proposta turística, portanto, mover fronteiras disciplinares com harmonia. Este trabalho, me instigou a estudar “Capacidade de Carga Turística”, desenvolvi artigos científicos, consultorias e uma dissertação de mestrado. Formei um olhar apurado sobre trilhas, cartografia, planejamento territorial e análise ambiental, assim como as relações entre os aspectos físicos/ambientais, sociais e de manejo de áreas protegidas. Envolver as pessoas que frequentam as áreas e os diversos especialistas para ponderar minhas decisões técnicas também sempre esteve no meu radar.


Quando saí da faculdade tive uma experiência como gestora de uma área natural privada que se pretendia virar um parque de aventura. O projeto não deu certo, por questões que hoje entendo que estavam fora do meu alcance. Essa experiência foi fundamental para voltar aos estudos e me qualificar tecnicamente. Resolvi estudar Sustentabilidade, hoje um tema batido e com conceito simples, mas que na prática é complexo e envolve quebra de paradigmas e principalmente procurar uma nova lógica de ser no mundo com objetivo de promover um bom legado.


Nessa época, me encantei pela Cartografia, instrumento que serve para imprimir o pensamento sistêmico e apoiar análises em torno deste olhar. A informação espacializada proporciona domínio sobre o voo de pássaro, a vista de cima, o olhar sobre o conjunto. Apoio à Interpretação da Paisagem. Busquei entender como as pessoas realizam a interpretação, e percebi que com conhecimento podemos apoiar melhores decisões, e que, qualificar o olhar das pessoas sobre a forma como interpretam a paisagem pode trazer consequências benéficas para o coletivo.

Percebi que a Educação Ambiental é outra ferramenta fundamental para desenvolver os desejos da minha alma. Com este foco e um grupo de pessoas incríveis fundei e venho conduzindo os trabalhos aqui no Instituto Cresce. Entendi que me posicionar frente aos desafios de gestão do território impostos à sociedade através da minha presença e
participação, ativismo ambiental, seria uma forma de me aproximar dos meus sonhos, afinal educar é dar exemplo. Compreendi que a decisão coletiva não passa pela unanimidade, mas é importante buscar a maximização do consenso. Considerar opções aceitáveis, que apontem caminhos de concordância motivou a minha tese de doutorado, que virou livro, e pude comprovar que é possível usar ferramentas de mídia social como suporte à decisão coletiva sobre o território, assim como o trabalho com Geodesign também caminha nesta mesma direção.


O senso de comunidade e colaboração, que experienciei na Nova Zelândia, move meus anseios para construir uma nova cultura no Brasil, minha terra. Me encanta a ideia de conciliar olhares e colaborar com propósitos coletivos de valorização da cultura, da qualidade de vida, da recuperação e proteção da paisagem, e do estabelecimento de elos afetivos entre o homem e a terra.

São muitos assuntos possíveis, aos poucos vou aprofundar em cada um destes e outros que também fazem parte do meu universo. Quero pedir para você deixar seu comentário aqui.

Surgiu alguma dúvida ou curiosidade? Alguma ideia ou insight? Qual assunto te interessa mais? Tenho muitas perguntas para você, leitor.

Ps: reuni neste espaço um grupo incrível de colunistas para contar com amor e verdade aquilo que cada um vive e acredita. Confira as colunas dos meus amigos e parceiros geniais. Leituras interessantes e feitas por pessoas engajadas com seus saberes e fazeres. Divirtam-se.

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